domingo, 13 de março de 2011

Pela Janela








Pela janela 
vejo a noite-chuva.
Gotas iluminadas
pelos postes de luz amarela. 


Que entram sem permissão
em meu quarto
não levantam a cabeça, 
nem pedem perdão.

Eles me dizem que te avistaram lá fora.
Não sei se é verdade.
E nem quero saber. 
Para que?

Permaneceram lá
Junto de mim
Sentaram-se em minha cama
Servi-lhes um café.

E nos contentamos 
Com o sabor amargo do esquecimento
Enquanto um carro passava ao longe
Fazia squash no asfalto
Enquanto morria na esquina na madrugada... 

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